"O canto é uma forma de oração, através do toque do tambor louvamos nossas divindades e movimentamos a energia e o axé da casa." - Pai Bruno Brescancini

Curimba é o nome que se dá ao grupo de pessoas que se relacionam com as práticas musicais dentro dos rituais umbandistas. Para isso podem-se utilizar diversos instrumentos, mas os mais comuns são os atabaques, o agogô e a própria voz.

A Curimba é um polo de irradiação de energia, que potencializa as vibrações, dissolve energias negativas, dilui miasmas espirituais (vibração negativa que causa transtornos espirituais e mentais) e limpa a atmosfera criando um ambiente ideal para uma gira.

A hierarquia está muito presente dentro de um terreiro, inclusive entre os curimbeiros, existindo denominações próprias de acordo com a função de cada um dentro a gira, por tempo de iniciação ou até por ordem do pai da casa.

O Ogã Chefe, chamado Alagbê, é o comandante da curimba. Ele é o responsável por todos os instrumentos da casa e por ensinar os mais novos os toques e cânticos. O Ogã Alagbê toca o Rum que é o atabaque principal do terreiro.

Os pontos cantados são como "orações cantadas", que auxiliam na ordem e na fluidez dos trabalhos espirituais. Os pontos marcam todas as partes do ritual da casa como a defumação, abertura e fechamento de gira. Os pontos podem ser classificados em ponto de chamada, subida, firmeza, sustentação, descarrego dependendo da função de cada um.

A Curimba tem como função: louvar o Orixá, "defender" a gira com uma série de pontos corretamente selecionados, purificar e energizar o ambiente e por último e não menos importante: auxiliar o médium na incorporação.

Outra função muito importante é auxiliar na concentração dos médiuns, envolvendo a mente, não o deixando desviar do propósito do trabalho. A batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do comum, facilitando o transe mediúnico.

PONTOS TEUSCSD